O estresse é um dos maiores inimigos da saúde. Ele interfere na produtividade, relacionamentos, no físico e no psicológico como um todo, podendo levar ao desenvolvimento de uma série de desequilíbrios. Sem dúvida, esses estados são intensificados durante períodos de crise, deixando a sensação de perda de controle da situação.
Na correria do dia a dia e diante dos desafios, ele costuma estar presente. Em alguns indivíduos com maior intensidade e frequência, e em outros, com menos. Não existem receitas milagrosas para acabar com o estresse, no entanto há estratégias e hábitos que podem ser de grande valia no seu controle e na melhora da qualidade de vida. Leia este artigo até o final para entender mais sobre o assunto e obter boas dicas para controlar o estresse e reduzir as suas consequências.
O estresse
Mesmo sendo algo comum, que com certeza você já tenha experimentado, às vezes é difícil de definir, não é verdade? O estresse é uma reação do organismo diante de situações que podem ser ameaçadoras ou que exijam adaptações. Sabe quando algo não sai como esperamos? Esse é um bom exemplo. Normalmente, diante de situações estressantes sentidas como ameaçadoras, o corpo entende que está sob um ataque, e com isso ele começa a se preparar para lutar ou fugir. Como o estresse tem ligação com o sistema nervoso e endócrino, a maneira que o corpo encontra para se preparar para a ação, é aumentando a liberação de hormônios como a adrenalina, norepinefrina e o cortisol.
Os tipos de estresse
Conforme explica a APA (American Psychological Association), existem três subdivisões para o estresse:
Estresse agudo
Normalmente ocorre a partir de situações repentinamente desafiantes ou notícias ruins, e caracteriza-se por não persistir, exceto em casos traumáticos, em que se desenvolve um transtorno chamado estresse pós-traumático.
Estresse agudo episódico
Ocorrem episódios mais frequentes de estresse agudo, ou seja, ele não é pontual. Normalmente presente no caso de pessoas com pensamento negativo, que se irritam facilmente e sentem dificuldades para administrarem suas preocupações e para se perdoarem quando cometem algum equívoco.
Estresse crônico
Caracterizado por longos períodos de estresse, que persistem e estão ligados a processos complexos como traumas de infância, os quais tendem a interferir na percepção e personalidade do indivíduo.
As suas principais consequências quando está fora do controle
Conforme mencionado acima, em situações de estresse o organismo produz maiores quantidades de cortisol, uma substância importante para a saúde, mas quando em altas concentrações, provoca diversos prejuízos. Quando os estados de estresse são frequentes, o indivíduo pode notar dificuldades de concentração e memória, agitação, ansiedade, dores de cabeça e musculares, queimação, diarreia, problemas digestivos, queda da qualidade do sono, redução do desejo sexual, aumento da concentração de gordura no abdômen, compulsão alimentar e elevação da pressão. Estudos demonstram que o estresse em excesso está associado ao desenvolvimento da síndrome metabólica, obesidade e hipertensão, entre outras doenças. Ele também é um agravante que caminha ao lado da ansiedade e da depressão.
Bom, não restando nenhuma dúvida de que o estresse é um dos grandes vilões da saúde, o que podemos fazer para controlá-lo? Confira a seguir!
Como controlar o estresse
Autorreflexão e ajuda profissional
Um dos maiores motivos associados ao estresse desenfreado e frequente está na falta de autoconhecimento. Muitas pessoas passam um dia todo se estressando e se irritando de forma automática, sem nem mesmo pararem para analisar as situações, o que só faz o estresse aumentar cada vez mais. Quando perceber que está estressado, ou as pessoas próximas de você comentarem que você tem se excedido, pare e reflita sobre o que pode estar desencadeando essas reações. O estresse ocorre em um contexto específico, ou em todos? Quando isso começou? Se for o caso, você pode procurar auxílio de um profissional psicólogo.
Veja mais soluções do que problemas
Diante das mais variadas situações e desafios, tente sempre extrair algo positivo ou alguma aprendizagem. Normalmente nada do que vivenciamos é em vão, e sempre é possível ter um olhar mais otimista. Quando estiver diante de um problema, invista sua energia em solucioná-lo da melhor forma, em vez de apenas lamentar. Estar ao lado de pessoas que contribuam para essa forma de ver a vida, também auxilia demais. Tente nutrir relacionamentos saudáveis e lembre-se, mantenha a positividade.
Valorize os momentos de prazer e descanso
Separar um tempinho todos os dias para fazer algo que lhe dá prazer, é muito benéfico para a saúde e vai fazer com que você enfrente os desafios com mais força e disposição! Não espere chegar o fim de semana para ter bons momentos. Leia um livro, faça um curso online sobre algum assunto interessante para você ou tome um banho demorado. Aqui fica ao seu critério.
Da mesma forma, a privação do sono também traz consequências para o organismo todo, então, valorize os momentos de descanso – jante algumas horas antes de se deitar, desligue os aparelhos eletrônicos e tente dormir mais cedo, de maneira que complete de 7 à 8 horas de sono.
Procure estratégias para driblar os momentos de estresse
Uma hora ou outra o estresse pode te pegar, não tem jeito. Mas estando mais consciente a respeito, você poderá estar preparado com algumas estratégias para driblá-lo. Quando estiver em uma situação que é necessário permanecer firme, como pode acontecer no trabalho, ao ficar estressado com algo, procure respirar pausadamente. Isso ajudará a manter o seu equilíbrio, e antecipará o retorno à calma. Isso ocorre porque com a respiração mais pausada e tranquila, o cérebro entende que o “perigo já passou”. Se for um outro tipo de contexto, você pode realizar alguma atividade física, ou fazer algo que seja relaxante para você.
Faça exercícios físicos e alimente-se de forma saudável
O seu metabolismo depende dos seus hábitos e tudo no corpo está interligado. Alimente-se de forma equilibrada, e claro, pratique exercícios físicos. Eles são grandes aliados do humor, favorecendo a liberação de hormônios que proporcionam sensação de bem-estar.
Fontes:
American Psychological Association
Revista de Psicologia da UnC
