A Fitoterapia Chinesa faz parte do conjunto de práticas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), sob a qual também estão a acupuntura, dietoterapia e meditação, por exemplo, e os medicamentos fitoterápicos chineses vêm se tornando cada vez mais conhecidos e usados no mundo todo.
Conhecendo a Fitoterapia Chinesa
A Fitoterapia foi reconhecida em 2006 como prática integrativa e complementar, e é classificada como o sistema terapêutico mais antigo do mundo, tendo em vista que seu uso remonta a sociedade primitiva, quando o homem começou a associar o consumo de determinadas plantas e as suas possibilidades terapêuticas.
Apesar do nome desse sistema remeter ao uso somente de fontes vegetais, na verdade, a Fitoterapia Chinesa também utiliza fontes animais, minerais, fúngicas e até mesmo alguns produtos químicos e biomédicos, em menor quantidade. Como as fontes vegetais representam 80% das matérias-primas utilizadas, tornou-se mais conhecida no ocidente como um método exclusivamente de origem vegetal.
Além disso, aqui no Brasil, a partir da determinação da ANVISA - RDC 21 de 25 de abril de 2014 – foi regulamentada a fabricação e comercialização das fórmulas da MTC que utilizam apenas plantas.
As plantas medicinais
Existem mais de 12.800 substâncias da Matéria Médica Chinesa já identificadas, e uma única fórmula fitoterápica pode incluir seis ou mais plantas, de acordo com cada tratamento. Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, cada substância tem sua característica energética específica, sendo classificada conforme abaixo:
De acordo com as suas propriedades térmicas: quente, morna, fria e fresca, ou até mesmo neutra.
De acordo com os sabores: azedo, amargo, doce, picante e salgado.
De acordo com suas direções: ascendente, descendente, circulante e de submersão.
Tendo como base suas características, os ingredientes são combinados de forma a otimizar o efeito desejado e inibir possíveis efeitos colaterais. A prescrição é personalizada, buscando tratar a doença de uma forma mais ampla, além de fortalecer o organismo e ajudar na prevenção de outras condições, o que se difere bastante da Alopatia, por exemplo, que normalmente foca no tratamento apenas dos sintomas da doença em si.
Assim, podem ser feitas inúmeras associações visando o tratamento de diversas condições, ou a sua prevenção. Por exemplo, as ervas mornas ou quentes são classificadas como Yang (ideia de interação entre forças opostas), aquecem o baço e o estômago, possuem propriedades estimulantes, fortalecedoras e ajudam no tratamento de doenças relacionadas ao frio. Aqui entram ingredientes como o gengibre seco e a canela. Por outro lado, as ervas frescas ou frias, classificadas como Yin, reduzem o calor, aliviam inflamações, acalmam os nervos, possuem ação antibiótica, sedativa e auxiliam nos casos de doenças acompanhadas de febre. Aqui entram ingredientes como scutellaria, coptis e gardênia.
Cada sabor também determina uma função específica. Em relação as direções, as ascendentes e circulantes incluem os ingredientes que promovem um efeito para cima e para fora – como induzir à transpiração. Em contrapartida, os ingredientes descendentes e de submersão causam efeitos para baixo e para dentro, tranquilizando, aliviando a tosse, entre outros.
Os fitoterápicos chineses na prática
Como vimos, as combinações e interações entre as ervas são complexas, e é preciso conhecer bem cada ingrediente e o paciente, para que seja possível um tratamento direcionado. Existem também, alguns medicamentos orais produzidos na China, os quais trazem combinações para os desequilíbrios mais comuns.
Basicamente, os fitoterápicos chineses visam o tratamento de infecções virais e bacterianas; buscam a cura de doenças crônicas como deficiências do sistema imunológico, distúrbios gastrointestinais, problemas respiratórios e alergias; e auxiliam na manutenção da saúde e equilíbrio do organismo.
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Fontes consultadas: Associação Brasileira de Enfermeiros Acupunturistas e Enfermeiros de Práticas Integrativas (ABENAH) | China.org.cn